FSM e Davos

O FSM foi criado como um contraponto ao fórum dos ricos. A conjuntura global expressa a derrota da doutrina da mão invisível do mercado. Todos, inclusive o megainvestidor George Sóros, defende a intervenção do Estado para a recuperação do mercado global. Creio que o FSM de 2009 não está polarizando este debate como deveria. Quando caiu o muro de Berlim, os capitalistas capitalizaram até o limite. Hoje, nem a esquerda mundial, muito menos a esquerda brasileira tem aprofundado a discussão pública sobre a derrota do modelo neoliberal na gestão do sistema financeiro. Neste momento há um consenso sobre o perigo que significa deixar o sistema financeiro e econômico nas mãos prioritárias do mercado. Até Greespan reconheceu, chorando em entrevista coletiva, o seu equívoco em "adorar" o mercado.