Em Defesa do Voto Paritário
Hoje, 22 de setembro de 2008, o Conselho Universitário-CONSUN começa a discutir o regimento eleitoral que vai disciplinar a consulta à comunidade universitária para a escolha do próximo Reitor da UFPA.
Um dos pontos centrais da minuta de regimento apresentada diz respeito à proporção conferida a cada segmento da comunidade universitária (professores, técnico-administrativos e estudantes) na contagem dos votos.
O Comitê Maneschy Reitor, entendendo a importância deste momento, vem apresentar as razões que embasam sua opção em defesa do voto paritário, que destina o mesmo peso eleitoral aos três segmentos:
1-A paridade de votos, ao valorar de forma equânime no colégio eleitoral as distintas categorias, garante maior estabilidade ao processo de escolha, conferindo ao Reitor eleito segura representatividade acadêmica e política.
2-A votação universal, ou a de peso 70% para a categoria docente, reproduz acentuado desequilíbrio participativo e gera espaço político para legítimos questionamentos, na medida em que concede maior interferência na decisão a uma parcela da comunidade.
3- Na última eleição para Reitor da UFPA, realizada sem qualquer atropelo em janeiro de 2005, foi aplicado o formato da paridade, que precisa ser mantido para ganhar maturidade e consolidação institucional. Nada pior para os processos democráticos do que mudanças em suas regras sem a mais ampla discussão e tempestiva decisão.
4. O sólido argumento da quebra de legalidade imposta pela instituição do voto paritário deve ser analisado à luz de certa relativização. As válidas experiências de diversas universidades, incluindo a nossa de 2005, em que a escolha de Reitor se deu por meio dessa forma de votação afirmam o caráter indiscutível de suas legitimidades.
Comitê Maneschy Reitor