Circula pela cidade que a prof. Edilza Fontes deixou o PT e está se filiando ao PC do B. Para quem não sabe Edilza iniciou sua militância na dissidência do PC do B no final da década de 1970. Ora, fui recrutado pelo PRC/Caminhando no início da década de 1980 e conhecí Edilza disparando torpedos contra o reformismo/estalinismo do PC do B. Quem mudou? o PC do B ou a prof. Edilza?
De minha parte, eu mudei, e muito, desde 1988 quando rompí com o marxismo-leninismo, um ano antes da queda do m uro de Berlim, crei a Nova Esquerda no Pará e passei uma década enfrentando política e teoricamente os ufanistas dogmáticos marxistas e igreijeiros de então. Ao final ví o PT mudar de posição radicalmente, em direção a posições mais políticas e menos dogmáticas, mas não ví autocríticas.
Sempre admirei o PC do B politicamente. Creio que no episódio do Colégio Eleitoral de 1985 e o fim da Ditadura Militar, quando o PT pregou o boicote a eleição indireta de Tancredo o PT estava errado e os Partidos Comunistas( PC's) estavam certos. O PT demarcou campo e cresceu politicamente, mas não teve coragem em admitir que naquele momento a conjuntura apontava para a conciliação e não para a revolução. O PT apostou em quanto pior melhor e não teve coragem de participar ativamente da transição, por dentro, mesmo que tivesse de apresentar um anti-candidato. É de críticas e auto críticas que as organizações vão se depurando historicamente.
Continuo achando que o PT e o PSDB, foi o que de melhor o Brasil produziu em quatrocentos anos em matéria de elite política civil. Digo mais, sem a faxina que FHC fez no Estado brasileiro, o PT não estaria fazendo o Brasil distribuir rendas. Espero em breve o surgimento de uma classe média rural no Brasil, a partir do PRONAF e de outras políticas dirigidas ao povo do campo.