Furacão que vem da Europa e arrocho fiscal no Brasil

A situação política do governo Dilma enfrenta turbulência pela conjugação de fatores externos e internos. No plano externo temos as crises estruturais americana e européia onde Itália, França, Grécia, Portugal estão precisando de 240 bi de euros para estancar a crise financeira. Estes recursos não existem. Esta crise ameaça comprometer a expansão econômica dos países emergentes.

No plano interno a faxina anti-corrupção, a crise com os partidos que tiveram os gestores exonerados e a contenção da execução dos orçamentos de 2010 e 2011 colocam a base partidária e parlamentar do governo Dilma em crise de nervos.

O governo quer tomar medidas para diminuir os custos da produção (queda dos juros básicos) para isso deve fazer arrocho fiscal contra os consumidores para diminuir a demanda num contexto de baixo investimento em infra-estrutura industrial.

A base aliada é composta de partidos parlamentares que precisam dar respostas às bases eleitorais, mas o governo está "segurando" as emendas parlamentares individuais. Este fato está colocando forte stress na base governista.

A presidente Dilma quer apagar o incêndio a partir de socialização e da publicização dos debates com toda a sociedade a fim de constragê-los e vir a trazê-los para um comportamento republicano. Veja mais aqui.