ALEPA: Em defesa da chapa única

O desejável é que o o próximo presidente da ALEPA seja eleito em chapa única. Por que afirmo este desejo para a engenharia política a ser realizada na Assembléia do Pará?


Porque a Casa é dos Deputados, como legítimo representante da DEMOS e como tal, seria saudável que todos os partidos estivessem representados na mesa diretora e nas comissões temáticas, proporcionalmente ao seu peso parlamentar.


Mais do que uma mera representação baseada no peso parlamentar, mais desejável ainda seria esperar que os deputados chegassem a um acordo programático para a divisão de cargos com o objetivo de que a Casa saisse mais fortalecida, afinal, a Assembléia não deve ser lócus de intransigência político-ideológica. A batalha se trava na sociedade civil e a partir do resultado eleitoral deve-se obedecer as regras do jogo com base na hegemonia do bloco parlamentar obtido a partir do resultado eleitoral.


A CASA é um local de debates públicos em favor do melhor interesse da população, as alianças programáticas e pontuais nas Casas Legislativas são totalmente congruentes com relações civilizadas de disputa do poder parlamentar e como tal da disputa pela produção legislativa.


Não entendo posições demarcatórias na eleição de uma mesa diretora. A oposição deve saber que sempre emergirá das eleições um bloco parlamentar majoritário alinhado ao novo governo, assim é no presidencialismo de coalizão brasileiro e assim será até que mudemos o desenho do sistema eleitoral e partidário deste país.

Estamos assistindo neste momento, no plano federal, a eleição da mesa diretora da Câmara do Deputados. Marco Maia do PT, vem recebendo o apoio declarado do PSDB. Por que o PT do Pará não apoiaria um candidato que emerge do PSDB?


O PT está fragilizado com a perda da prefeitura da capital e do governo do estado. Por que não faz uma boa negociação e melhora sua posição na distribuição de recursos legislativos?