Os Conselhos Superiores e a reitoria têm estimulado os programas de pós-graduações para que ofereçam vagas aos servidores de nível superior da UFPA. Os objetivos são claros: estimular estes servidores para que continuem a estudar para melhorar suas remunerações, ao mesmo tempo em que qualifica em nível de pós-graduação, seus recursos humanos.
Muitas concepções elitistas já se colocam contra esta política do reitor Carlos Maneschy. A maioria dos argumentos é de que os servidores só poderiam se pós-graduar em mestrados e doutorados profissionalizantes. Eu discordo peremptoriamente desta concepção elitista. Em primeiro lugar, acho necessário que os mestrados e doutorados profissionalizantes cheguem à UFPA, mas por outro lado, é possível conciliar a maioria dos mestrados com os interesses da UFPA e dos seus servidores. Querem um exemplo? Em Ciência Política, poderíamos produzir cientistas políticos oriundos dos quadros da UFPA, especialistas em políticas públicas, em suas diversas dimensões, como: formulação, processo decisório e implementação de políticas públicas, em educação, orçamento, finanças, gestão de pessoas, e assim por diante.
Um mestrado em Química poderia qualificar nossos técnicos de nível superior, tornando-os cientistas. Atualmente, no mestrado em Civil, o engenheiro Marcos Vinícius, o Marquinho, ex-prefeito dos campi, está inventando, nova modalidade de cimentos a partir da lama da bauxita, que é mais duro do que o cimento de caucário.
Servidores dos hospitais universitários poderiam fazer mestrado em Serviço Social ou Psicologia e assim por diante. Na Unicamp existem mais de 4.000 servidores com pós-graduação.
Creio que os argumentos elitistas não sobrevivem à realidade. As vagas destinadas ao público em geral não serão subtraídas.