Porque apenas 30% da população da capital já declara ter optado por um candidato a deputado (federal e estadual)? e porque os eleitores do interior (60%) já se posicionam nas eleições para deputado?
Só uma pesquisa qualitativa poderia rersponder estas perguntas, neste momento da campanha eleitoral.
Podemos arriscar duas hipóteses centrais:
os eleitores da capital estão buscando mais informação sobre os candidatos. Belém se firma como um oásis para os bons candidatos a deputado (federal e estadual). Belém parece que está mais criteriosa na hora da decisão do voto nas eleições proporcionais (deputados).
Por outro lado, não significa que os eleitores do interior estejam menos informados em relação aos eleitores da capital, pelo contrário, significa que os deputados incumbentes (aqueles que já tem mandatos) estão estabelecendo uma conexão eleitoral mais permanente e duradoura com seus eleitores (ou seja, estão distritalizando sua ação parlamentar). Em síntese, como os deputados do mundo desenvolvido, os parlamentares paraense estariam virando verdadeiros síndicos das cidades e micro regiões do estado do Pará? está prática cria legitimidade e produz reeleições consecutivas.
Não podemos esquecer: os eleitores exigem que os deputados tenham três dimensões simultâneas em suas ações parlamentares: sejam síndicos de cidades e regiões ( é a dimensão representativa mais direta), fiscalizem o executivo e formulem e aprovem projetos de leis relevantes para a sociedade.