Acho uma confusão teórica alguém achar que os cursos de especializações nas IFES devem ser gratuitos. Defender a gratuidade na pós-graduação strictu senso, tudo bem, é para formar pesquisadores. As especializações se dirigem à capacitação do graduado para a atuação individual no mercado. Observem que os especialistas são os profissionais mais caros no mercado. Seria complicado a universidade pública capacitar estes profissionais gratuitamente e depois vê-los longe da prestação de serviços públicos e gratuitos, ou da oferta de serviços a baixo preço. Creio que o governo poderia oferecer cursos gratuitos de especializações em saúde coletiva a profissionais do ministérios da Saúde, das Secretarias de Saúde estaduais e Municipais. Este raciocínio serve para pensarmos outras modalidades de especializações, mas sempre conectados ao interesse da população mais pobre ou excluida do mercado econômico.
Creio que a defesa da gratuidade nas especializações, de forma generalizada, é confundir alhos com bugalhos.