Direitos Humanos e os presidiários

É impressionante como boa parte dos radialistas e do senso comum das polícias ainda relacionam Direitos Humanos com proteção de bandidos. Sistematicamente ouço afirmação do tipo "Quando morre um bandido aparece os direitos humanos, mas quando morre alguém de bem ninguém dos DH aparece". Creio que grande parte desta visão simplista do mundo não percebe que todos devem estar abaixo da lei. Um bandido que mata deve ser preso, julgado, condenado e cumprir pena, pagando seus débito com a sociedade. Quando prevalece a "justiça" pelas próprias mãos ocorre o estado de barbárie e grupos milicianos, "justiceiros e turbas infurecidas assumem o lugar do Estado de Direito. Muitos inocentes pagam com a própria vida.
Quando o indivíduo cumpre pena, ele está sob proteção do Estado. Ele não é mais bandido, mas um apenado, que tem seus direitos de cidadão suspenso provisoriamente. Na prisão o apenado deve ter qualidade de vida, educação continuada e formação profissional. Não é possível admitir que uma cela projetada para alojar 10 pessoas, abrigue 30 prisioneiros. As organizações de Direitos Humanos objetivam defender o ser humano, em todos os níveis, independente de sua condição social, política ou jurídica.
Mesmo em países onde existe Pena de Morte, onde o criminosso tem direito a um julgamento justo e imparcial, antes do advento do teste de DNA, muitos inocentes foram acusados, condenados e mortos pelo Estado. Somente anos depois, descobriu-se que os mesmos eram inocentes.